Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri recebendo um prêmio no festival de Veneza.
Meu pai: Ih, ah lá!! Eles tão usando blacktie😱😱
enfim, a hipocrisia...
2007 Directed by Eduardo Escorel
Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri recebendo um prêmio no festival de Veneza.
Meu pai: Ih, ah lá!! Eles tão usando blacktie😱😱
enfim, a hipocrisia...
O conjunto de imagens e sons registrados por Leon Hirszman guardam um sentimento de grandeza realizada em relação ao Brasil que é bom demais de ver, agulhada de ânimo no osso ("também já fui brasileiro..."). Dos gestos mais prosaicos, cantos de trabalho cotidianos, às multidões no ABC Paulista, o Brasil que emerge de sua obra é potência e afirmação crítica da diversidade em alta voltagem. Este documentário honra sua memória com trechos de filmes, registros caseiros, momentos raros da nossa cultura (Nelson Cavaquinho de porre num balcão de bar), fotos e entrevistas, onde o grande comuna demonstra clareza propositiva nas ideias e um admirável senso de coletividade, elementos presentes em muitos de seus filmes. A montagem de Eduardo Escorel organiza…
Visto na faculdade, creio que só vi no máximo 3 filmes do Leon Hirszman, mas esse Documentário me fez querer conhecer muito mais tanto da pessoa em si como os seus trabalhos, até aluguei o A Falecida(1965) para ver nesse final de semana heheh...
Documento excelente sobre um dos maiores cineastas brasileiros através dos seus próprios depoimentos, narrando a sua própria história. Leon ganha vida através dos seus registros e de certa forma move o filme, para além de ser mero objeto fílmico, se não fossem as intenções da montagem. Essas porém, raramente não se inclinam a complementação e reverência ao cineasta. Apesar de ser um filme de Leon por Leon, a forma disso tudo só se dá através da coleta e organização desse material e da pesquisa fantástica de Eduardo Escorel que traz ao público imagens inéditas de uma das maiores e mais importantes mentes da história do cinema brasileiro. E essa organização e pesquisa é claramente fruto de muita admiração ao legado de Hirszman.
Eficiente por fazer um panorama cronológico sobre a vida e carreira do Hiszman. Não é tanto o foco uma exploração estética sobre sua obra, mas o ótimo uso de imagens de arquivo mostra como sua visão foi evoluindo enquanto sua carreira se desenvolvia ao longo da ditadura. De certa forma, dá para destacar um filme seu para cada momento do regime: Maioria Absoluta fala sobre questões caras à esquerda no início dos anos 60 e que viraram tabu logo depois (não à toa o filme foi censurado), A Falecida joga um pouco com a alienação do pós golpe, São Bernardo funciona como reflexo da ambição e o custo humano do milagre econômico, já Eles Não Usam Black-Tie, junto com ABC da Greve, é um retrato da abertura política e ainda dos resquícios da máquina repressiva.
Refaz a trajetória de Hirszman de forma evocativa e cativante. O filme evidencía uma coisa que eu já sabia: Como ele se foi cedo.