Synopsis
This controversial film from director Glauber Rocha records the funeral of his friend, major Brazilian painter Emiliano Di Cavalcanti.
1977 ‘Di’ Directed by Glauber Rocha
This controversial film from director Glauber Rocha records the funeral of his friend, major Brazilian painter Emiliano Di Cavalcanti.
Di-Glauber, Ninguém Assistiu ao Formidável Enterro de Sua Última Quimera; Somente a Ingratidão, Essa Pantera, Foi Sua Companheira Inseparável
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, corta! Agora dá um close na cara dele!
Assim como o Cinema Novo se alimenta do Modernismo, Glauber se alimenta de Di e usa a câmera como instrumento fundamental nessa antropofagia artística que resulta numa das mais belas celebrações da vida, da morte, da Arte e do Brasil.
"A morte é um tema festivo pros mexicanos, e qualquer protestante essencialista como eu não a considera tragedya . . Em Terra em Transe o poeta Paulo Martins recitava que convivemos com a morte...etc... dentro dela a carne se devora - e o cangaceiro Corisco, em Deus e o Diabo na Terra do Sol, morre profetizando a ressurreição do sertão no mar que vira sertão que vira mar...
Matei muitos personagens? Eles morreram por conta própria, engendrados e sacrificados por suas próprias contradições: cada massacre dialético que enceno e monto se autodefine na síntese fílmica, e do expurgo sobram as metáforas vitais.
As armas de fogo, facas e lanças são os objetos mortais usados por meus personagens, mas a rainha…
Many of my days are spent stricken by a fear of death—not of my own, but of those around me. Death is both an abstract concept and a panic-inducing inevitability for me. We as humans are hard-wired against the comprehension of death since it represents the abrupt halt of existence, and no one has ever come back to tell of what (if anything) happens next. At the same time, it seems that death is perennial in our respective lives; whether it be a loved one, a good friend, an acquaintance or just some name that pops up on your television screen, death surrounds us and, sometimes, it envelopes and overtakes me with an almost-paralyzing fear. I fear that if someone…
O filme existe como um paradoxo: é a dessacralização da imagem de Di Cavalcanti (e o momento de seu enterro), que leva à sua sacralização no cinema. Meio que como para se chegar ao estado de pureza, precisasse trazer sua impureza antes. Filme que respeita, através do ato do desrespeito. Porque seu autor não era conservador, mas avant-garde. E nada mais propício do que uma homenagem tão modernista quanto essa pelo seu uso tão único da linguagem cinematográfica.
-
The film exists as a paradox: it is the desecration of Di Cavalcanti's image (and the moment of his burial), which leads to his sacredness in cinema. Kind of like to reach the state of purity, it needed to bring its impurity before. Film that respects, through the act of disrespect. Because its author was not conservative, but avant-garde. And nothing more appropriate than a tribute that is as modernist as this one with its unique use of cinematographic language.
Para bem ou para mal tá pra nascer um homem mais inconveniente do que o Glauber Rocha nesse país.
Texto da Ana Júlia Galvan na coluna da Foco:
estadodaarte.estadao.com.br/foco-a-estetyka-identitaria-de-glauber-rocha-cineasta-terceyromundysta
se não for pra ter o Glauber filmando e causando no seu enterro, melhor nem morrer.
filmando um enterro tal qual narrador de futebol
não enche o meu sacooooooo
(não tem churrascaria em paris ;-;)