Consegue por boa parte do tempo equilibrar muito bem uma mistura de gêneros e clichês (a comédia romântica, o terror à la Ringu, o desktop movie) juntamente com um grande comentário sobre o processo de criação artística, a partir da mediação entre o filme idealizado pelo diretor-autor e a necessidade de alterações não planejadas pelo editor diante da imprevisibilidade do mundo real. É um tema metalinguístico que me interessa muito, mas progressivamente em sua execução parece se tornar exibicionista demais diante de sua autoconsciência e metáforas, o que é meio contraditório já que o filme em si trata o personagem do diretor como uma figura satírica.
Ah, e tem o jumpscare mais inesperado que me fez pular da cadeira de um jeito que não acontecia comigo em um bom tempo.