Elena está morta desde 1990. Paradoxalmente, Elena está viva até hoje.
Diante do expectador não surge a Elena real, mas um fantasma, produto das memórias e impressões daqueles que com ela conviveram. Um fantasma que se faz presente mesmo hoje na vida de Petra e de sua mãe.
O estilo de filmagem adotado, com a câmera sempre muito próxima do rosto de quem fala, mostrando detalhes de pele, cabelos, olhos, enquanto desfoca o restante do campo transmite ao expectador a sensação de que estamos vendo memórias capturadas (sensação aumentada pelo farto uso de filmes e fotos caseiros).
Enfim, Elena é um mergulho num fluxo de pensamentos, sensações e memórias de sua diretora, um filme que com certeza foi doloroso de ser realizado, e que resulta em uma obra de inquestionável beleza.