Se Meu Fusca Falasse encontra Holy Motors. O cinema fantástico do homem e da máquina servindo de alegoria política do Brasil contemporâneo.
Aqui temos a união de carne e máquina, algo Cronenberguiano em que a tecnologia ocupa cada vez mais o meio do homem, tomando pra si o controle de tudo com o capitalismo corroendo cada vez mais as estranhas da sociedade.
Infelizmente a óbvia relação com a realidade acaba tirando um pouco da força do filme por se perder em sentimentos de urgência. Onde o tom político já é facilmente visualizado na estética de distopia, e os diálogos algumas vezes acabam se perdendo no excesso de ideias.
Destaques pra Matheus Nachtergaele e Jules Elting que pulsam a energia do filme a todo momento com perfomances espetaculares que vão direto na medula de todo o discurso do filme.