2014 ‘Pas son genre’ Directed by Lucas Belvaux
Clement, a young philosophy teacher, is sent to Arras for a year. He meets Jennifer, a pretty hair stylist, and the two freely share their hearts and bodies as they try to overcome the cultural and social divide between them.
Émilie Dequenne Loïc Corbery Sandra Nkake Charlotte Talpaert Anne Coesens Daniela Bisconti Didier Sandre Martine Chevallier Florian Thiriet Annelise Hesme Amira Casar Tom Burgeat Kamel Zidouri Christophe Moyer Philippe Le Guay Orjan Wikström Michel Masiero Tiffany Coulombel Floriane Potiez Luc Samaille Philippe Vilain Manuel Carcassonne Charline Bourgeois-Tacquet Mathilde Braure Marie-José Billet Laure Josnin Sarah Lecarpentier Louis Franco Christophe Leys Show All…
When France meets France...
Dizer que ele não a entende seria o mais fácil. O problema é que eu até acho que ele entende, compreende o embaraço e o sofrimento. O que ele não faz é a mínima ideia de por onde começar a se importar. Se a indiferença inicial é desconcertante, a falta de tato que se sucede é perturbadora. Sua inconsequência quase ideológica acarretou em, quem diria, consequências – ônus e bônus em formas muito pouco abstratas.
Pinta-se um retrato sintomático do intelectual em nossos tempos: a merda está clara, as razões por detrás são plenamente identificáveis, porém faltam-lhe as faculdades práticas para se aproximar. Fora de Paris, o que o choca é, antes de tudo, a breguice,…
Belgium auteur Lucas Belvaux has worked hard the past couple of decades into honor a place as sort of mid-talent Chabrol with a series of well observed minor key thrillers (plus his more ambitious and Cannes honored trilogy of interlocked tales from 2002). That seems to have prapare him very well to this romantic drama about class and the power dynamics in a relationship easily the best thing by him I've seen as well as one of the finest French films of recent years. It predictably disappeared from a film festival circuit whose programmers and critics who enable them have no idea what to do with a film about the doomed relationship between a comitophobe philosphy professor and a hairdresser…
Tem uma cena onde a protagonista (extrovertida, romântica e direta) termina de ler um livro que o namorado (intelectual, complicado e com problemas de relacionamento) indicou e comenta que é muito fácil e que ela mesmo podia ter escrito. Ele responde que existe uma complexidade muito grande envolvida em transmitir uma história simples. De uma maneira muito bonita e descomplicada, sintetiza todo o ponto do filme.
A deeply French setup (philosopher professor who doesn't even OWN a television meets-cute with a rural hairdresser obsessed with celeb news) gives way to a less and less comical and more and more ruminative consideration of the pros and cons of "opposites attract." I haven't seen Belvaux's thrillers, but this moves with the same kind of practiced control you get in something like McTiernan's Thomas Crown Affair, albeit with far less showiness. But the sense of knowing exactly when to pivot keeps this from slipping into the usual clichéd melodrama, and instead of a Big Misunderstanding the ruptures in the couple's bliss come from their mutual sense of latent embarrassment at being so different from the other. Both leads are stellar, playing up their characters' clashing personalities that slowly drive them apart while also finding the common emotional ground that made their pairing possible in the first place.
69/100
[originally written as part of my first report from TIFF '14 for The Dissolve; I'd just trashed Men, Women & Children in the previous paragraph.]
On the surface, Lucas Belvaux’s Not My Type (pompous alternate title: Men & Women) appears equally unpersuasive, with a high-concept premise that could easily serve as the basis for a truly dire rom-com. He’s a philosophy professor who quotes Kant in casual conversation and doesn’t even own a TV set! She’s a hairdresser who’s obsessed with Jennifer Aniston’s love life and spends her weekends performing at karaoke bars! How will this relationship ever work?!? Rather than mine such a goofy scenario for comedy, however, Belvaux (Rapt) takes it seriously, allowing both lovers to emerge as complex…
Jennifer é extrovertida, lê revistas, é fã de sua chará Jennifer Aniston, gosta de cantar e ir pro karaokê nos dias de folga. Clement é introvertido, formado em filosofia, tende a questionar a sua realidade. Acredito que esse resumo daria um bom retrato feliz, redondo e romântico, aquela coisa de os opostos se atraem... Eles realmente se atraem, mas se sustentam?
Clement é dado como um covarde, até um pouco arrogante, não sabe amar, não sabe se aventurar, não aproveita a vida... Mas faz questão de falar o tempo todo sobre ela. Jennifer é espontânea, aberta, tem plena certeza de que o amor um dia vai bater na sua porta... E quando Clement aparece no salão de beleza, é como…
Belatedly noting that I wrote on this film in Cinema Scope 86, as part of an article titled: "Not My Type: Stanley Cavell and the Invention of Genre." The piece, which draws from Pursuits of Happiness and Contesting Tears, is print only, but feel free to reach out if you're interested and have no access.
Esse aqui é quase o primo francês de If Only (2004) só quem sem a parte da tragédia, mas não dá pra negar como são parecidos. Mas até os personagens principais são parecidos, a Jennifer me lembra muito a Samantha, e até os parceiros delas também, já que não conseguem dialogar ou demonstrar seus sentimentos muito bem. Mas o que difere um do outro aqui ao menos pra mim é o diálogo e como ele é poderoso e autêntico de uma forma surpreendente, comparar a escrita de um livro de filosofia com fazer um corte de cabelo é genial, aliás todas as conversas do "casal" são geniais, tão poderosas e marcantes como na triologia Before, faz você pensar por horas.…
O típico caso de uma bolha intelectual incapaz de se comunicar com aqueles que não a integram. Suas ideias, por mais simples que sejam, são vistas por eles mesmos como inalcançáveis pelo público fora da Academia, devido a complexidade teórica que as permeia. Não se considera a necessidade de uma melhor articulação. E não por acaso aqui essa relação é mostrada através de um romance; existe uma aura de encanto no começo que impede que essas limitações sejam consideradas objetivamente, mas a medida que se tornam mais latentes, a dinâmica fica insustentável. O relacionamento já nasce fadado ao fracasso e o telespectador, tendo conhecido Clément, sabe disso.
Assim, sua apatia quando confrontado por Jennifer com a verdade sobre o relacionamento…
Lucas Belvaux propõe, num primeiro momento, um exercício quase didático de contraposição entre essas duas visões de mundo tão distintas dos dois protagonistas com a mera finalidade de alicerçar a sutil brutalidade do choque entre ambos, seus contextos e suas personalidades. O filme não tem nenhuma preocupação em esconder desde o início que estamos diante de um relacionamento fadado ao fracasso retumbante, o que dá liberdade para Belvaux assumir logo o horror desse homem moralmente violento que não vê nada demais em suas ações (ou inações) grotescas. Certamente é um eleitor da réplica da Le Pen no Esta é Nossa Terra, o filme seguinte do diretor.
Já estive lá sendo um espírito virtuoso na vida de um homem completamente entediado e excessivamente racional.
Não é sobre criar expectativas demais em alguém e se frustrar, mas sobre ser quebrada pela falta, pela omissão e pelos detalhes. Ambos são personagens clichê de comédias românticas: Clement é um típico intelectual preso demais dentro do próprio mundo e incapaz de se apaixonar por qualquer coisa que não reflita a ele mesmo, onde ele tenta incessantemente levar Jennifer para sua mente, sua literatura e suas teorias filosóficas; enquanto isso, Jennifer é uma jovem espirituosa e apaixonada que vai perdendo o sua luminosidade dentro de um relacionamento que não sacia nenhuma das suas necessidades afetivas em que ela se sente constantemente inferiorizada…
