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Black Mirror: Bandersnatch 2018
A brincadeira interativa não é suficiente pra que toda a experiência não passe de uma enorme tolice, com enredo desinteressante, direção ruim do bom David Slade e a sensação de perda de tempo. Nem como "evento" dá pra escapar da aporrinhação.
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Happy as Lazzaro 2018
Realismo mágico na Itália dos trabalhadores explorados. Tem um epílogo que, a depender da relação que se estabelece com o filme, pode destruir tudo até ali ou encantar de vez.
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Venom 2018
Uma bagunça de intenções e sentidos que só serve pra fazer barulho e ganhar quilos de dinheiro em bilheteria. Em relação aos gibis, descarta tudo que fazia o personagem minimamente interessante; em relação ao filme em si, parece saído de uma máquina enguiçada de blockbusters dos anos 90. Tom Hardy passa o tempo todo com cara de que caiu no filme errado e não tinha como sair.
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Annihilation 2018
MacGuffin sci-fi para um filme hipnótico sobre identidade, cores, sons e artes visuais.
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BlacKkKlansman 2018
Um poderoso Spike Lee (e quando ele não foi poderoso? Vivem tentando desqualificar o sujeito há vários filmes, mas ele permanece como forte referencial, especialmente nos recentes "Chi-raq", "Rodney King" e a série "She's gotta have it"). A forma um tanto convencional não impede a tensão constante e crescente. As imagens finais de Charlottesville, após a reapropriação da história do cinema via Fleming e Griffith, são uma pancada e tanto.
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The Other Side of the Wind 2018
O frenesi do filme, com sua narrativa de tirar o fôlego, vai ao encontro da empolgação em assistir a um Welles inédito dessa magnitude. Vanguarda de um elo perdido entre o auge da Nova Hollywood e seu declínio.