Não lembrava que, ao mostrar as tríades de Hong Kong em Nova York, Year of the Dragon tinha cenas que se assemelham mesmo ao cinema de Hong Kong. A recriação do Vietnam em solo americano foi um tema frequente no cinema americano pós 1975. A corrupção policial também. Mas Cimino faz tudo à sua maneira, apagando as referências ou traduzindo-as para o seu estilo. Stanley White deve ser o protagonista mais reprovável de sua carreira, pelo modo como envolve outras…
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Lolita 1962
Ao colocar o final no começo, Kubrick e Nabokov perdem a chance de fazer um final à altura do que é quase todo o filme, um dos mais irônicos tratados sobre o amor louco. De fato, Lolita é uma comédia em que James Mason surpreendentemente arrasa mesmo quando vai para o burlesco, mas uma comédia em que há espaço para a crueldade e a manipulação. Peter Sellers está magnífico, Shelley Winters também, e Sue Lyon faz bonito no meio desses gigantes.
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The Age of the Earth 1980
O equivalente cinematográfico a um cruzamento entre o krautrock do Faust e o pós-punk tribal do Killing Joke. Mas Glauber descobriu Jorge Ben em Di (“Umbabarauma”), e agora “Brother”. Talvez este seja A Tábua de Esmeralda do cineasta. Mas também é um filme e seu ensaio, testes de elenco e procuras de locação, ensaio sobre a luz e o movimento, exercício em abstração e repetição, uma estrutura racional e sua permanente desconstrução, o material bruto e um rascunho de filme,…
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Crimes of the Future 2022
Terceira vez, após Videodrome e Existenz, que Cronenberg consegue criar um mundo de regras próprias, no caso, o apocalipse pelo plástico. Não são seus maiores filmes. Cronenberg se sai ainda melhor quando subverte o mundo que conhecemos com perversões e aberrações (The Brood, Scanners, Dead Ringers, Crash). Mas Crimes of the Future representa um retorno à velha forma e é também o melhor entre os longas que realizou após A History of Violence.