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florbela espanca uma vez escreveu que a vida é um contínuo destruir...que o silêncio em si escuta e volta em sua presença. voci nel tempo é uma construção de ruínas entorno de uma vida, retrata semblantes e não se esquece de quem é e quem uma vez deixará de ser. piavoli mistura o místico da vida em detalhes, com imagens deslocadas e memórias, fazendo de voci nel tempo uma poesia contínua de voltas e mais voltas para mostrar um propósito; o de lembrar independente de o que. silêncio contemplado.
marés turbulentas de acontecimentos inquietos. lembro do meu primeiro contato com o mar, e como essa sensação foi algo tão conexo. senti a água salgada enquanto mergulhava, a leveza nos meus cabelos, e as diferentes texturas nos pés. esse curta trouxe a sensação de lembranças marcantes, mudanças de temperatura e percepções de que; enquanto você cresce, muda e enxerga, certas memórias continuam por aí..intocáveis, permanecendo nesse fluxo puro e único de cada um.
cada indivíduo exterioriza seus sentimentos por diferentes formas, e esses meios acabam nos aproximando…
você percebe como o sentimento de 'amar' não é notório, ou de alguma forma fácil de se explicar. é genuíno, é matéria exclusiva, é o que traz o inusitado de cada um. está evidente como circé, na naturalidade do cotidiano, ainda está se desvendando, buscando o suposto 'amar' e entendendo que, talvez, ela não esteja se permitindo por convenções sociais -nos reprimimos quando a incerteza manifesta…
aaaaAaaAAA
sentir....é uma palavra que define bem esse filme. uma sensação que é sempre um 'para-alem' que traz o inesperado e o inusitado consigo mesma, sendo nada mais do que a incerteza de não saber o que esperar de nós mesmos, e como iremos manifestar os nossos sentimentos diante a tanto caos rotineiro...almejos, incertezas e reclusões.