Vinicius Guimarães’s review published on Letterboxd:
A cena do Bruce Lee foi impagável
Tarantino é facilmente um dos melhores diretores que o Cinema já nos proporcionou, e mesmo que esse não seje seu melhor trabalho, é sem dúvida o mais original desde Cães de Aluguel. Você consegue sentir que ele fez esse filme com o coração, toda as homenagens ao cinema forma feitas de formas esplêndidas, conseguindo trazer isso tanto com referências diretas ou não, trazendo um contexto cinematográfico e social dentro de sua obra, misturando diversos gêneros no seu mais engraçado longa-metragem, tendo uma fluidez narrativa durante todos os 160 minutos
A narrativa anos 60 está presente em todo o longa, tendo uma narrativa que consegue construir toda a situação mesmo sem um plot principal e contendo diálogos imprescindíveis e astutos, funcionando tanto em um teor cômico quanto até mais dramático em certas partes, contendo momentos onde o filme vira um faroeste até. O visual do longa também tem toda a temática da época, tendo uma linda fotografia que remete a filmes da década de 60 e uma edição característica ótima, os figurinos e cenários também contém esse estilo e o filme conta com uma boa trilha-sonora
As maravilhosas interpretações também fazem o filme com personagens maravilhosos. Margot Robbie está igual a Sharon Tate, trazendo a inocência de uma estrela em ascensão em Hollywood, se segurando mesmo com pouca presença de tela, Brad Pitt está sensacional também, e é engraçado ver como um dos maiores astros do cinema interpreta um dublê que não recebe toda a atenção, os coadjuvantes e secundários estão bem, tendo boas participações especiais, mas Leonardo DiCaprio está maravilhoso e até então foi minha interpretação favorita do ano, todo o arco dele de decadência e superação é extremamente engraçado, ver ele como esse ícone western e de ação é muito engraçado, e ele contém a cena mais bonita do filme em quesitos emocionais. A meia hora final vai dividir opiniões, eu adorei, mas acho que amigas pessoas não vão curtir
Era uma Vez... Em Hollywood é uma obra prima, sendo visualmente rico, com sua perfeita reconstrução de época, suas atuações memoráveis e o filme mais maduro e Quentin Tarantino (que continua com seu fetiche em pé a 80 Km/h). Nota: 10/10